A ideia é começar uma revisão em matéria de proteção e segurança.

Direção Concursos
11/11/2020

Em entrevista ao Estadão, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) declarou que a normalidade está retornando aos poucos após o ataque hacker, considerado pelos peritos como o mais grave já realizado.

Assim que foi realizado o ataque, o STJ tomou medidas imediatas. Uma resolução foi publicada suspendendo julgamentos e impedindo movimentações digitais até ser assegurada a segurança dos dados.

Apesar dos esforços, o atual presidente do STJ, Humberto Martins, foi alertado sobre possível novo ataque hacker.

De acordo com Humberto, antes do ataque, o STJ já havia começado a desenhar novas políticas de segurança da informação do tribunal. A ideia é começar uma revisão em matéria de proteção e segurança.

Sobre o retorno das atividades pós ataque hacker, o presidente declarou que “o restabelecimento dos sistemas de informática do tribunal está em andamento e houve importantes progressos nos últimos dias“.

De acordo com Martins, o impacto na produtividade judicial do ataque foi “relativamente pequeno”. Segundo o presidente, o ataque hacker atingiu o equivalente a somente 2% do volume total.

“Há também um leve impacto no represamento na entrada de processos, estimado em cerca de 6 mil casos, volume este que pode levar algumas semanas para ser totalmente absorvido”, explicou.

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Entenda como aconteceu o ataque hacker ao STJ

Para explicar o que aconteceu no STJ, o professor de Informática e Tecnologia da Informação Victor Dalton detalha o que ocorreu.

O ataque que os hackers realizaram se chama ransomware e ele, resumidamente, tranca as informações dos órgãos.

“O ransomware é esse ataque em que o bandido criptografa as informações da vítima, dentro dos próprios computadores”, explica o professor.

Para chegar aos computadores para executarem os ataques, os hackers podem utilizar duas formas: por meio de um executável ou por meio de ataque de rede.

“Acho mais provável é que foi um ataque de rede, obviamente, planejado e estudado. Inicialmente, as redes foram varridas e tentaram encontrar brechas de segurança para entrar nas intranets dos órgãos“, detalha.

No STJ, os ataques dos hackers bloquearam acesso a caixa de e-mails de ministros, impediram acesso a todos os processos dentro do CNPJ, além de terem criptografado os backups dos dados.

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